Depois de não sei quantos meses afastados (segundo o Ig quase dois anos), o Los Hermanos abriu o evento, creio que esta reunião só foi especial para este festival, não sei até agora qual foi o objetivo real dos Hermanos, pois, a meu ver, o set foi bastante mal selecionado, o show começou bem com Todo Carnaval tem seu fim com uma seqüência de músicas dançantes, se ficasse assim até o final iria me agradar certamente, porém nem tinha chegado à metade do show, quando eles tocam “Retrato pra Iaiá”, depois dessa eu brochei, uma música mais parada que a outra até o final, não lembro o nome de todas, com uma ou outra mais “alegre”, e percebi que agradou muita gente quando eles tocaram Cher Antoine segundo Amarante, eles nunca tinham tocado esta música ao vivo. Porém achei o set tão fraco, que das duas uma, ou eles quiseram mostrar o lado chato deles mesmos, pras pessoas desistirem da idéia deles voltarem, ou eles quiseram deixar a galera com gostinho de quero mais. Fico mais com a primeira.
O Kraftwerk pra mim foi um misto de: caramba aproveitei a oportunidade de ver o show de uma banda internacional que nem faz tanto a minha cabeça com, Kraftwerk - quanto tempo que não ouvia!
Algumas impressões:
Algumas impressões:
1.Eles NÃO se mexem, e conseguem deixar o público numa vibe boa, apesar da galera ficar meio relaxada, não ficou batendo cabeça enlouquecidamente, etc.
2.Acho que nunca ficou tão explícito pra mim, a crítica que eles fazem a nossa sociedade, onde a finalidade é o progresso ad eternum da tecnologia que não poupa nenhuma alma sequer para expandir-se e ao mesmo tempo hoje temos ainda a robótica como um dos paradigmas do pós-humano, até quando poderá ser humano? Ou o que é o ser humano? (e assim vai...). E no mesmo palco, vemos uma explosão de informações no telão (muito bem sincronizadas por sinal), ou seja, também se beneficiam da tecnologia. O telão, por sinal, parecia que era ali a maior atração do show, já que os rapazes não faziam muito por onde, inclusive, acho que eles gostam de teatralizar o Man Machine deles, e dá certo viu, vi só dois deles sorrindo poucas vezes, durante todo o show.
E depois de pouco mais de sete horas seguidas em pé, a ansiedade já escoando pela pele, e algumas boas doses de adrenalina, perto das 23h30 o Radiohead subiu no palco, tocando “15 Step”, a primeira música do In Rainbows, meio que pra mostrar: olha esse realmente não vai ser um show especial, nós sabemos que nunca estivemos aqui, mas viemos pela turnê do In Rainbows mesmo, e não fugiremos do set, ok?
Mas pra mim isso não importou muito, apesar de que eu quisera muito ouvir “2+2=5”, acho que não foi desta vez (e sabe-se lá de terá outra) que minha vontade foi suprida por eles. Enfim, o show foi fantástico – não tenho muitas palavras pra descrever sei que estava num outro plano certamente, Thom e Cia. pareciam que estavam mesmo a fim de tocar e mais ainda de demonstrar que a música não toca só o ouvinte, antes de tudo o próprio músico, até mesmo o Jonny que monta a banca de anti-social estava total dentro da vibe causada pelas músicas deles mesmo.
No final do show, a banda fez dois encores, no segundo eu já estava tomada pelo cansaço, dor nas costas, nos joelhos e nos pés, quando o show chegou ao fim ao som de “Creep” (adendo: a guitarra do jonny no refrão esporrava no coração – nunca senti isso – foi maravilhoso!) eu me senti transformada, eu já era outra pessoa, não estava nas minhas condições físicas normais, nem mentais provavelmente, e ao mesmo tempo estava “leve”, em êxtase, mas não nas nuvens, até porque sentia diretinho o cimento da passarela do samba agindo sob meus pés.
Embaixo o set list roubado do ig-noticias hahaha:
1. 15 Step
2. Airbag
3. There There
4. All I need
5. Karma Police
6. Nude
7. Arpeggi
8. The National Anthem
9. The Gloaming
10. Faust Arp
11. No Surprises
12. Jigsaw falling into place
13. Idioteque
14. I might be wrong
15. Street Spirit (Fade Out)
16. Bodysnatchers
17. How to disappear completely
Bis
18. Videotape
18. Videotape
19. Paranoid Android
20. House of Cards
21. Just
22. Everything in its Right Place
23. You & Whose Army?
24. Reckoner
25. Creep [grifo meu]
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