Essa quarta fui ao cinema, aproveitar pra pagar menos, já que não tive aula, pois a professora de Antropologia Visual ta na Colômbia, foi a um congresso e disse a nós que depois viajaria pra não sei aonde e traria "uns chás e umas cositas más" palavras da própria... Enfim, não sabia das inúmeras vantagens de se frequentar um cinama numa quarta-feira a tarde...
A começar pelo preço, porque né, sou pobre o suficiente pra reclamar qualquer R$1 / R$2 que encarecem a (ainda) meia entrada nos fins de semana. Então pagar R$6 pra ver um filme na telona é muito mais legal do que pagar R$8 / R$8,50 e afins...
Gostei da sala vazia, parecia que a sessão era exclusiva pra mim, e pr@s três ou quatros 'sujeit@s' que tavam lá comigo. O lado bom de verdade disso, é que não precisei aturar barulho de pipoca / grunhidos / fuxicos / celulares vibrando ou algo do gênero ao meu entorno. Mas é complicado também ter uma sessão de filme pra 5 pessoas, não é nem a questão do lucro da sala pro cinema, mas acho que é muita energia gasta pra pouca gente né. E depois a gente não pode reclamar pq que o preço é tão caro...
E o melhor pra mim, foram as críticas que ouvi nos banheiros: assim que cheguei, depois de comprar o ingresso fui ao banheiro, e tinha umas senhorinhas conversando:
_ Nossa, vc viu aquela opereta. É uma opereta francesa...
_ Ah vi. É uma opereta?? Nossa, pra mim fosse uma ópera!? [cara de espanto]
_ Não, minha filha, é uma opereta, e é francesa... Mas que filmezinho [sic] ruim...
_ É, realmente, é uma opereta, eu também não gostei não.
Nisso, tinha entrado uma mulher um pouco mais nova que as senhoras, que pegou o finzinho da conversa:
_ Vcs estão falando daquele musical?
_ É! Alquela opereta francesa, vc viu?
_ Ah vi sim, fui com uma amiga assistir, nós durmimos na metade do filme, saímos no meio da sessão...
_ É... Aquela opereta é muito fraquinha mesmo...
Saí transtornada do banheiro, e sem saber de qual filme aquelas três mulheres estavam falando!! Claro, rindo também bastante, mas tinha que disfarçar...
Assisti o filme - Vocês, os vivos (Du Levande), que por sinal, no início eu estranhei, mas depois de acostumar com a imagem parada me envolvi e gostei muito do filme, e achei a trilha sonora magnífica, apesar de ser uma mesma linha de música o tempo inteiro, tocadas pela Louisianna Brass Band, a banda do filme. O filme é extramente simples nas construções dos diálogos e cativante no desenrolar do enredo, por tratar de nada mais nada menos que o cotidiano e as crises de nós mesmos, só que com um clima mais gélido ( a produção é de vários países mas principalmente Suécia), vale a pena ser assistido.
Saí do cinema, pensei que minha saga tinha terminado, já pensando em ir pro Villa (
a noite iria ter um show de graça com Pepeu Gomes, mas nem vi.) fui ao banheiro e tinha uma outra velhinha (parece piada) conversando com a amiga que tava dentro de uma cabine:
_Sabe fulana, nunca vi filme tão ruim quanto esse Budapeste...
Ela só precisou falar isso, entrei numa cabine e comecei a rir - tentando não emitir som. Saí de lá, ela ficou me olhando deu um sorrisinho, e eui saí convicta dali de que não vou assistir esse filme. hahaha
Cara, pra que ler críticas no jornal, se a gente tem nossas queridas vovós, mais que experientes em dar pitacos em filme, pra nos indicar que há de melhor passando nas telonas??
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