domingo, 21 de março de 2010

Neste domingo eu tive a felicidade de presenciar uma cena simples, mas que mexeu comigo profundamente:

Estava voltando pra casa, passei numa lanchonete de orientais já aqui em Irajá, daquele tipo que os cariocas costumam chamar de "China".

Estava um grupo de três solitários bebendo cerveja no China: dois homens e uma mulher. O que me fez pensar sobre aquele monte de coisa da vida atual, onde as pessoas cada vez mais solitárias passam suas vidas a procura de algo a completá-las, pois creem nesta vida feliz pra sempre ficcional mostrada nos principais meios de comunicação etc etc. Quando, não se para pra refletir sobre o que é realmente necessário pra vida de cada um, e não tentando se enquadrar no esquema de ser humano completo e feliz que encontramos nas histórias de contos de fadas, ou em outros roteiros mais modernos...

Enfim, eles já estavam bêbados, quando eu sentei, pedi um salgado. Um dos homens pediu ao atendente (que provavelmente era chinês mesmo por conta da decoração da lanchonete, mas nem todos são chineses): "China, põe aquela música da tua terra pra gente dançar!"
Assim, o "China" levanta um pano atrás dele que escondia um rádio bem moderninho, liga-o, põe um cd, e quando a musica começa a tocar, naquele estilo oriental bem dissonante, os três começam a gargalhar...

Achei que o "China" se ofenderia quando no mesmo instante ele dá risada também. Um dos homens levanta abre os braços, e pede ao "china"(que estava atrás do balcão) que ele levantasse pra dançar com ele.

Tudo assim bem espontâneo tanto os sorrisos quanto o pedido.

Nisso a mulher do "china" que estava no balcão em silêncio só observando, fica de pé rindo também, aponta pra mulher que ta do lado de um dos homens, e fala pra ele dançar com ela, aponta pro "china" e diz: "ele não hahaha, ela sim ó!"

...e assim é a vida de domingo.

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